top of page

Deficiência Auditiva

QUAIS OS TIPOS DE DEFICIÊNCIA AUDITIVA E A DIFERENÇA ENTRE ELAS?

​

A deficiência auditiva é caracterizada pela diferença entre o desempenho do indivíduo e a sua habilidade considerada normal para a identificação sonora, segundo padrões estabelecidos pelo American National Standards Institute (ANSI).

​

Nesse sentido, a audição normal corresponde à detecção de sons até 25 dB N.A. (decibéis, nível de audição). As alterações auditivas se apresentam em diferentes tipos e graus e podem ser causadas por diversos fatores.

Para um melhor entendimento sobre o assunto, abordamos, neste artigo, os diferentes tipos e graus de perda auditiva. Continue a leitura para sanar as suas dúvidas!

​

PRINCIPAIS TIPOS DE DEFICIÊNCIA AUDITIVA

​

A deficiência auditiva pode ser congênita ou adquirida. A congênita ocorre no nascimento, tendo como principais causas as doenças durante a gestação, como por exemplo, rubéola ou toxoplasmose. Também pode advir de problemas durante o parto ou de herança genética.

​

Já a surdez adquirida pode ser provocada por diversas doenças, pelo envelhecimento natural, ou mesmo, por exposição contínua a ruídos muito altos.

​

A nossa capacidade auditiva começa a declinar em torno dos 40 anos de idade e esse processo continua gradativamente. Quando atingimos os 80 anos, há uma queda significativa, sendo essa deficiência conhecida como presbiacusia.

​

A deficiência auditiva ocorre quando a habilidade em ouvir fica reduzida. Além das causas já citadas, ela pode ser provocada também por outros fatores, como:

​

  • alcoolismo e tabagismo;

  • colesterol alto;

  • danos no ouvido;

  • doenças e infecções;

  • efeitos colaterais de medicamentos;

  • entupimento no ouvido;

  • exposição a ruídos;

  • fatores genéticos;

  • lesões na cabeça;

  • malformações congênitas;

  • tumores na cabeça.

  • ​

Embora alguns tipos de perda de audição não tenha cura, ela pode ser restabelecida em diferentes graus com o uso de aparelhos auditivos. Veja, a seguir, os principais tipos de perda auditiva!

​

PERDA AUDITIVA NEUROSENSSORIAL

​

Essa alteração é causada por lesão no ouvido interno e/ou nervo auditivo. Nesse caso, as células nervosas responsáveis pela transmissão de mensagens sonoras ao cérebro ficam impedidas de efetuar o transporte dos estímulos. Em geral, essa perda ocorre por exposição a sons e ruídos contínuos, por períodos prolongados e em intensidades elevadas. Por esse motivo, é importante utilizar protetores auditivos em ambientes com ruídos intensos. Da mesma forma, é aconselhável evitar volumes altos ao utilizar fones de ouvido e ao ouvir rádios e televisões.

​

A perda auditiva neurossensorial pode ser provocada, ainda, por doenças, como a meningite, a caxumba e a doença de Ménière (distúrbio no ouvido interno), entre outras, que afetam as células neuronais, bem como, pelo uso de determinados medicamentos ou, ainda, por fatores genéticos.

​

Com essa perda auditiva, o paciente tem dificuldade em processar a informação sonora. Em geral, é difícil de ser revertida e curada, já que envolve a perda permanente de células neurotransmissoras. Nesse caso, os pacientes podem se beneficiar com o tratamento por meio da utilização de aparelhos auditivos ou implantes cocleares que restabelecem a função auditiva, alcançando níveis bem próximos da normalidade.

​

PERDA AUDITIVA CONDUTIVA

​

A perda auditiva condutiva se refere a qualquer problema no ouvido externo ou médio, que interfira na condução adequada do som. Em geral, é de grau leve ou moderado, com variações de 25 a 65 decibéis.

​

Em alguns casos, ela pode ser temporária — o acúmulo de cera e as doenças infecciosas são as principais causas desse tipo de surdez. Com um bom diagnóstico e um tratamento adequado, o paciente tem grande probabilidade de recuperar a audição.

​

Para as perdas auditivas permanentes, como as causadas por perfuração do tímpano, os tratamentos podem ser realizados com aparelho auditivo ou implante de ouvido médio.

​

PERDA AUDITIVA MISTA

​

Essa alteração é uma combinação da perda auditiva neurossensorial com a condutiva, que ocorre como resultado de lesão no ouvido interno e externo ou médio. Tem como principais causas as infecções no ouvido, o uso de alguns medicamentos, as perfurações do tímpano, entre outras.

​

Os tratamentos podem incluir medicamentos, aparelhos auditivos, cirurgia ou implantes de ouvido médio.

​

ALTERAÇÃO DA FUNÇÃO AUDITIVA CENTRAL

​

A disfunção auditiva central é um distúrbio da audição em que há um impedimento na habilidade de analisar e/ou interpretar padrões sonoros. A avaliação audiológica do sistema nervoso auditivo central (SNAC) é altamente complexa, já que as causas podem não estar relacionadas diretamente com os ouvidos.

​

DIFERENÇAS ENTRE AS PERDAS AUDITIVAS

​

Além das diferenças entre os tipos de perdas auditivas, os graus de surdez também podem apresentar variações. Isso porque há uma distância entre “ter dificuldades para identificar sons mais fracos” e “não ouvir nada”. Os graus de surdez podem ser:

​

  • leve: dificuldade em ouvir sons abaixo de 30 decibéis. Algumas vogais e consoantes podem não ser identificadas;

  • moderada: incapacidade para ouvir sons abaixo de 50 decibéis. Um tom normal de fala já não pode ser identificado. O paciente é capaz de ouvir apenas alguns ruídos mais altos, como o barulho do movimento de um liquidificador ou o choro de uma criança;

  • severa: insuficiência auditiva para sons abaixo de 80 decibéis. Nesse caso, o paciente já não consegue ouvir a fala humana e nem o toque do telefone com volume alto;

  • profunda: ausência total de audição ou incapacidade de ouvir sons abaixo de 95 decibéis. A comunicação interpessoal ocorre com linguagem gestual ou técnicas de leitura labial.

 

IMPORTÂNCIA DO ACOMPANHAMENTO MÉDICO

​

Em geral, a perda auditiva ocorre gradualmente e pode passar despercebida por muitos anos. Os amigos e parentes, normalmente, são os primeiros a notar que algo está errado. Entretanto, alguns sinais podem servir de alerta para a condição da audição, como a dificuldade em entender em ambientes ruidosos, dificuldade em entender claramente as conversas ao telefone ou quando alguém reclama do volume alto da televisão, entre outras situações.

​

Dessa forma, logo aos primeiros sinais, é fundamental se consultar com um médico otorrinolaringologista ou um fonoaudiólogo, a fim de identificar o tipo e o grau de deficiência auditiva, para obter um tratamento adequado.

​

Como pudemos verificar, há diferentes tipos de deficiência auditiva, assim como vários graus de gravidade.

​

Quando não tratada a tempo, ela pode levar à surdez permanente e interferir drasticamente na qualidade de vida. Por esse motivo, é importante buscar ajuda médica e realizar um exame de audiometria anualmente.

​

​

FONTE: Artigo retirado integralmente do site 
https://comunicareaparelhosauditivos.com/deficiencia-auditiva/

bottom of page